Biografia

As orquestras de todo o mundo têm em suas estantes músicos do mais alto gabarito, com uma técnica perfeita e o mais absoluto domínio sobre seus instrumentos. Desses, alguns poucos se destacam; são aqueles tocados pelo gênio, que, além da técnica, trazem algo a mais: a magia de uma interpretação única. É o caso desses virtuoses do violoncelo, Paulo e Ricardo Santoro.

Nascidos no Rio de Janeiro, os gêmeos Paulo e Ricardo iniciaram seus estudos musicais com seu pai, o contrabaixista Sandrino Santoro. Em 1989, graduaram-se pela Escola de Música da UFRJ com nota máxima e dignidade acadêmica Magna Cum Laude, obtendo o título de Especialização em Violoncelo pela mesma Universidade. Ambos possuem o Mestrado em Música.

Estudaram também com os professores Márcio Carneiro, Arturo Bonucci, Bernardo Katz, Mario Centurioni, Antonio Del Claro e Peter Dauelsberg.

Paulo e Ricardo Santoro fazem parte da Orquestra Sinfônica Brasileira desde 1986 e da Orquestra Sinfônica da UFRJ desde 1989. Já se apresentaram como solistas à frente de várias orquestras, além de participarem de outras formações camerísticas distintas, tais como Trios, Quartetos e outros Duos.

Celebrado pelo público e pela crítica especializada por suas interpretações comoventes, o Duo Santoro tem sido saudado pelos principais jornais do país como o mais conceituado duo violoncelístico brasileiro.

Único em atividade permanente, o Duo Santoro estreou em 1990 e já se apresentou nas principais salas de concerto do Brasil, dentre elas a Sala Cecília Meireles, Teatro Municipal, Centro Cultural Banco do Brasil, Salão Leopoldo Miguez, FINEP, Candelária, Teatro Carlos Gomes e Museu da República no Rio de Janeiro, e nas cidades de Niterói, Campos, Macaé, Petrópolis, Teresópolis, Resende, Rio das Flores, Juiz de Fora, Poços de Caldas, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Brasília, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá, Campo Grande, Palmas e Goiânia. Seus recitais incluem um leque eclético de estilos que vai do erudito ao popular, passando pelo clássico, romântico e moderno. As transcrições e arranjos para violoncelos são assinados, na sua maioria, pelo próprio Duo.

Uma das principais metas do Duo Santoro é a divulgação da música brasileira. Para isso, realizam um trabalho em conjunto com vários compositores, tanto na elaboração quanto na realização, já tendo executado em primeira audição mundial inúmeras obras para dois violoncelos. João G. Ripper, E. Villani Côrtes, N. Hollanda Cavalcanti, S. Di Sabbato, J. A. Kaplan, Ricardo Medeiros, Teresa Fagundes, Santino Parpinelli, V. Szpilman, Sergio R. de Oliveira, Alexandre Schubert, Neder Nassaro, Orlando Alves, Caio Senna, Marcos Lucas e Carlos Cruz são alguns dos compositores que já escreveram para o Duo.

No ano de 1992, tiveram seu trabalho reconhecido através das condecorações "Medalha de Ouro" e "Medalha de Prata" conferidas pela Escola de Música da UFRJ, iniciando, a partir daí, participações constantes em gravações para televisão e rádio.

Já tocaram ao lado de mestres da música popular como Sivuca, Robertinho do Recife, Bibi Ferreira, Maria Bethânia e Gilberto Gil, entre outros; e em palcos teatrais ao lado dos atores Carlos Vereza e Nathalia Timberg, além de participações em discos de Guilherme Arantes, Simone, Almir Sater e Roberto Carlos, entre outros.

Atualmente, o Duo Santoro também se apresenta com músicos convidados. Piano, violão, contrabaixo, percussão, flauta, viola, gaita e canto são participações constantes em seus recitais.

De acordo com o diretor da Sala Cecília Meireles, o Duo Santoro foi o grupo que alcançou o maior número de público dentre os solistas que se apresentaram na Série Vesperal do ano de 1995.

Por unanimidade, Paulo e Ricardo Santoro receberam da "União Brasileira de Escritores" o Prêmio PERSONALIDADE CULTURAL do ano de 1995.

Nas comemorações dos 20 anos do Duo Santoro, em 2010, se apresentaram em praticamente todo o Brasil e na República Dominicana, coroando o ano com um recital no famoso Carnegie Hall de Nova York.

 
facebook duo santoro Twitter duo santoro Youtube duo santoro